Em meio desta vaga criminalizadora, e com o suporte do Concelho de Compostela e o Sistema Universitário Galego em pleno, o grande capital vem de convocar o denominado "Intercampus 2007".
Novembro 2007
Alienaçom brutal para o estudantado com carimbo institucional
Umha das mais fortes aberraçons que comete a esquizofrenia do capitalismo chama-se Intercampus. Em breves, terá lugar umha nova ediçom de lazer consumista e compulsivo subvencionada polas instituiçons públicas e o capital privado.
Hipocrisia institucional
Em plena vorágine criminalizadora da juventude, sob o para-chuvas da correcçom política, condena-se-nos dia-a-dia polo"botelhom", policializam-se as nossas ruas e escolas, e alerta-se, entre outros, dos perigos do alcoolismo e as drogodependências.
Vivemos em pleno desfasse mediático acerca dum pretenso vandalismo juvenil que, ao tempo que é empregue polos mass media como espectáculo; ataca, condena e estigmatiza a seguir os seus autores e autoras (supostas).
Em meio desta vaga criminalizadora, e com o suporte do Concelho de Compostela e o Sistema Universitário Galego em pleno, o grande capital vem de convocar o denominado "Intercampus 2007".
O que é o Intercámpus?
Trata-se da segunda cita deste macroespectáculo em que, mais umha vez, aparecem de maos dadas as instituiçons públicas e as marcas mais pudentes das ramas do comércio mais direitamente supeditadas ao consumismo da juventude.
A maridagem está prevista para 30 de Novembro no Multiusos do Sar, em Compostela.
Umha cita cujos ingredientes, ofertados para consolo do consumismo compulsivo, apresentam-se todos de cabeça para baixo, forçando contradiçons explícitas que deixam ao léu a fragmentaçom da razom na propaganda capitalista.
Recolhendo citas literais do panfleto promocional, descobrimos para dessengano de incautos os elementos essenciais com que se tenciona reunir baixo propósitos de bom cristao ao estudantado dos 7 Cámpus galegos.
-Álcool a esgalha patrocinado por Estrella Galicia. Isso sim, o Intercampus diz ser umha ‘alternativa ao polémico botelhom' (sic). O remédio de tanto mal líquido é pagar um alto preço por entrar na festa (5 euros) e 3,5 euros pola consumiçom mais cara, medida económica que, segundo os organizadores, funcionará como ‘impedimento' para que o Intercampus for mais um encontro de alcoolismo puro e duro (¿¿??¿¿??).
Porém, e para levar-se a contrária e deixar contente a todos, apenas umhas páginas após esta rotundidade anticonsumista, diz-se-nos que os preços ‘som universitários, de risa' (sic), quer os 5 euros da entrada, quer o Red Bull, a 2 euros, ou a consumiçom mais cara, com ‘preço máximo de 3,50' (sic). Noutras palavras, que "pilhas umha boa monha" sem gastar muito.
Para tolear...
-Oferta lúdica para recuperar o espírito festivo do Verao (sic), e que nom todo ‘se reduça ao mínimo e botelhom, pub e discoteca, sejam as únicas alternativas de lazer' (sic).
-6 horas initerrompidas de ‘experiência única' (¿¿??¿¿??) com música em vivo ou em macrodiscoteca. Isso si, todo patrocinado por "40 principales".
-‘Um pavilhom ateigado de ecrans gigantes, leds, cabeças móveis, dj's, artistas, invitados, jogos, centos de presentes e mais de 20 espectáculos de animaçom em directo'. Apresenta-se esta oferta como o mais puro estilo de ‘festa universitária', com ‘muito cachondeo porque num pavilhom lotado de universitários e universitárias pode passar de todo' (sic).
-Autocarros de graça para chegar ao Sar desde Compostela, e volver depois, porque ‘mocidade, álcool e acidentes som três palavras que vemos juntas em muitas ocasions' (sic). Se apanhas o autocarro entras num sorteio dum carro particular para... compensar o esforço.
O panfleto, em formato jornal, consta de 8 folhas, todas escritas em espanhol, e 3 das quais som inteiramente ocupadas por propaganda comercial. Só na capa, fam-se anúncios das marcas comerciais Skoda, CaixaGalicia, 40 principales, Estrella Galicia, Halcón Viajes, Red Bull e H.P.
O seu reparto e distribuiçom polo País é massivo e está patrocinado polas três universidades galegas.
O circo da "política": PP, PSOE, BNG, o outro macroespectáculo.
Resta dizer que para paroxismo da tolémia e do descaro mais explícito conhecemo-lo quando a oposiçom do PP no Concelho de Compostela denunciou publicamente que o governo local participe ‘neste tipo de concentraçons', afirmando que há ‘cousas mais sérias das que preocupar-se', e que nestes assuntos ‘hay que hilar fino y andar con pies de plomo', referindo os problemas sociais do consumismo abusivo.
Conde Roa, máximo representante do mesmo partido político que o curso passado organizou um evento semelhante em Ferrol, asseverou que ‘assim nom nos estranhemos logo de que apareçam jovens com comas etílicos'.
Todo um virtuoso do oportunismo político mais depravado que pode existir.
O estudantado nom é um monicreque do capital.
De AGIR queremos denunciar semelhante concentraçom de hipocrisia, insulto à inteligência do estudantado, manipulaçom, mentira, venda das instituiçons públicas aos interesses de mercado -incluido o das grandes empresas de bebidas espiritosas-, etcétera...
Esta cita é um escándalo intolerável que reforça a nossa práctica política revolucionária de absoluto descrédito nas Reitorias galegas e nos partidos do sistema, nomeadamente PP, PSOE e BNG, e nas instituiçons que estes manejam em prejuiço dos interesses da maioria social.