Esta situaçom está a provocar deficiências consideráveis no contorno rural, e umha pressom enorme sobre as famílias, que dificilmente podem apostam no futuro na sua terra.
Julho de 2007
Alguns meios de comunicaçom semelhavam aledar-se estes dias da extinçom dum "esquema de escola" (sic) ao qual tildavam de caduco. Referiam-se com explícito despreço à escola no ainda dominante mundo rural, cuja precariedade sobranceia a pesar da ocultaçom mediática, que parece trabalhar pola sua progressiva extinçom manipulando a realidade para transmiti-la com a menor carga crítica.
As carências das escolas na aldeia e a sua clausura, dous factos diferentes e nem sempre vinculados, nom fam, porém, senom constatar a perigosa descolagem que se pruduz entre a escola rural e a urbana, sendo assim que as promessas políticas de computadoras, laboratórios, aulas de estudo, bibliotecas, boas comunicaçons, pavilhons desportivos, e demais lujos, apenas tenhem cabida na "Galiza do futuro" desenhada polas classes dominantes; futuro estreitamente vinculado ao medre especulativo das áreas urbanas das grandes cidades galegas.
Na Costa da Morte, umha das zonas do País em que maior é a desapariçom de escolas ao compás do avelhentamento poboacional, algumhas escolas carecem de cobertura telefónica e de qualquer serviço informático. Estes sinais de decadência som a constataçom prática da cumplicidade da administraçom galega na claudicaçom perante a preocupante carreira de concentraçom urbanística do sêculo XXI.
Neste caminho, em 7 anos fechárom por volta das 300 escolas, a maioria delas de carácter unitário: aquelas nas quais moços e moças de diferentes idades recebem aulas em conjunto, com um/ha só mestre/a ao nom haver um número mínimo de estudantes para cobrir aulas separadas por cursos.
A decadência da escola tem a sua explicaçom na desapariçom material da Galiza mais nova, havendo em 10 anos um devalo de 130.000 escolares, fazendo com que hoje sejam 371.000. O ritmo de perda, consoante com a crise demográfica, fixo com que este ano se perdessem 5.000 alun@s, sendo 7.000 o curso anterior. Galiza torna a comunidade autónoma do Estado com umha queda maior.
Esta situaçom está a provocar deficiências consideráveis no contorno rural, e umha pressom enorme sobre as famílias, que dificilmente podem apostam no futuro na sua terra.
Revela-se também o progressivo poder da escola pública frente à privada. Apenas um 7% dos centros que botárom o fecho eram privados. Ficam, na Galiza, 1.579 centros.
O transporte, nem sempre garantido pola administraçom, malia as promessas da nova Conselharia do PSOE, constitui umha necessidade inopinável para a compatibilizaçom dos horários laborais das famílias trabalhadoras e os horários escolares das suas crianças.
Com todo, cumpre que a garantia dos transporte seja compatível com o sustento dum modelo de escolas propriamente nacional, que responda às necessidades do País conforme à sua distribuiçom poboacional, e nom que sirva de engodo para fechar escolas levando as crianças a grandes distáncias das suas residências.
Galiza tem singulares características neste terreno que dam sentido ao exercício do direito de autodeterminaçom, a independência do Estado capitalista espanhol, e a conformaçom dumha rede escolar autocentrada e vencelhada ao cobrimento das necessidades sociais e laborais da Galiza rural. Este problema ultrapassa com muito o ámbito educacional, mas é obriga do estudantado da esquerda independentista conhecer os paralelismos existentes entre as problemáticas da educaçom e a desordem social gerada polo capitalismo espanhol. Cumpre olharmos para as realidades objectivas e subjectivas que se acham por trás da desarticulaçom e caos que reina nas vilas e aldeias dum País em permanente estado de deconstruçom.